Reflexões sobre a Semana Farroupilha Turma N-4 Administração FAE

Na sexta feira 16/09/11 os acadêmicos de Administração foram levados a reflexão sobre a semana Farroupilha. A professora Patrícia Sachet-Psicologa  e Mestre em Psicologia Clínica comandou na disciplina de Gestão de Pessoas a atividade, onde após toda turma foram prestigiar o acampamento FARROUPILHA em Erechim.

Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra….

 Um povo historicamente reconhecido pela sua bravura aguerrida em uma época onde princípios, valores e crenças eram tidos como ideais que hoje parecem longínquos. Esses festejos farroupilhas têm como objetivo explorar  a historia do rio grande do sul, e resgatar alguns episódios e períodos e mostrar assim a identidade do povo gaúcho.

Porém muitas vezes esses festejos são lembrados como comemoração, mas até esquecendo o fato que realmente compõe essa história, e passando como um simples feriado. Hoje essa data comemorativa é tida como uma oportunidade de negócio, é usada como marketing por empresas que exploram o tradicionalismo como forma de comércio e não com a sua importância, pergunte as pessoas que te rodeiam se elas sabem por que houve a Revolução Farroupilha, e veja quantas saberão a resposta.

Após uma semana de grande sucesso, como foi o acampamento farroupilha de Erechim com 33 galpões erguidos e varias atrações, por conta disso o povo gaúcho se mostra muito apegado as raízes, porem deveriam buscar o espírito dessa comemoração, escrever sobre a Revolução Farroupilha é algo desafiador e que buscamos retratar e refletir através de pontos focais. Não temos o objetivo de criticar algo ou elogiar, mas sim nosso trajeto neste texto só busca a REFLEXÃO.

A Revolução Farroupilha iniciou após o encarecimento do imposto no preço final do charque que era comercializado por grandes estancieiros no Rio Grande do Sul. Por conta do aumento dos tributos, os Farrapos desafiavam os imperiais, pois sua economia era baseada na agropecuária. O Rio Grande era o principal produtor de charque que era muito comercializado no sudeste e centro-oeste, sendo que a proposta apresentada era de manter a comercialização como um monopólio.

Em 1836, um grupo de estancieiros liderados por Bento Gonçalves invadiram Porto Alegre e iniciam assim a República Rio Grandense. A expansão do movimento Farroupilha aconteceu por todo o estado gaúcho e Santa Catarina, diante disso, lideranças como o italiano Garibaldi e i líder de tropa Canabaro fundaram em Lages SC a República Juliana.

Diante desta situação, começaram a faltar suprimentos, recursos levando as tropas a passarem fome e as derrotas enfraqueciam os farrapos, o líder Bento Gonçalves foi preso e os estancieiros já estavam desacreditando na República Riograndense, sendo que os problemas já se tornavam maiores do que a motivação para a guerra.

As conseqüências eram cada vez maiores, como a perda de grandes nomes, grandes líderes e soldados. Foram mais de dez anos de batalha, e nesse tempo foram feitos acordos com a Argentina, visando a utilização do Porto e o escoamento da produção de charque.

Negociações foram feitas, entre elas com o governo negociou-se  o aumento de taxas alfandegárias sobre o charque vindo de outros estados e o Rio Grande do Sul conseguiu abolição dos escravos que participavam da revolução.  Uma guerra sangüenta, que trouxe ao Rio Grande, conquistas, pois lutavam por seus ideais e conseguiram através de negociações algumas melhorias, negociações estas baseadas no ganha-ganha, onde o acordo foi o marco para que ambos os lados saíssem satisfeitos parcialmente.

Um povo que tanto lutou por liberdade não pode deixar preso o orgulho de ser gaúcho, e a história nos remete a pensar no quanto, nós enquanto profissionais da administração ou futuros administradores estamos conseguindo unir a nossa história, aos nossos conceitos, as nossas disciplinas e a nossa realidade. Pensar e analisar todos estes pontos é um desafio que nos move a buscar algo que realmente auxilie e seja relevante para a nossa realidade.

Partindo do entendimento acerca do conceito de trabalho em equipe, temos que uma equipe é um grupo de pessoas que trabalham juntas com o mesmo objetivo a ser atingido, tendo como prioridade a busca pelo que for melhor para a sociedade. A revolução Farroupilha é um exemplo da nossa história, no qual todos lutavam por algo comum, por este e outros motivos que esta revolução é um marco na história do nosso estado e hoje sentimos a falta de movimentos que lutem mais firmemente pelos direitos de cada pessoa. Nos últimos dias, fomos surpreendidos pelo marco que nossos impostos anuais alcançaram, em cerca de oito meses e meio a população brasileira já pagou mais de um trilhão em impostos.  Sendo assim, nos remetemos ao nosso hino, que nos diz “…povo que não tem virtude, acaba por ser escravo…” e voltamos ao conceito de trabalho em equipe, e a prática desse conceito, e aqui fica uma pergunta: Se trabalharmos em equipe podemos lutar em benefício de toda a sociedade?

Nosso objetivo não é problematizar a realidade, nem dizer que precisamos brigar para conseguir algo, nosso objetivo é refletir acerca dos papéis desempenhados por nós em nossas casas, bairros, escolas, cidades, estados, em nosso país e mostrar que precisamos nos unir na tentativa de buscar melhorias e qualidade de vida por nós e em memória dos guerrilheiros que serviram como exemplo de liderança e trabalho em equipe.

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